ESTEVÃO MACHAVA
Matola, Maputo, Moçambique
Logo depois de uma carreira fincada na aborridíssima lírica paisagística e d entrar definitivamente em prisão ao setenta anos por diferentes atos de sabotagem em lavagem de carros nos bairros altos de Maputo, sé na cela quando Machava abraça o que denomina “poesia entorpecente e mapa “ como resposta à literatura canônica moçambicana.
INTERNACIONAL DE POESÍA ANARQUISTA. Antoloxía de Samuel I. Paris. Santiago de Compostela (Galicia): Ediciones Positivas, Sin fecha. ISBN 978-84-121415-4-2 87 p.
Ex. doado por Elmira Simeão
Você sabia que não sabia nadar?
Você nunca pareceu se importar
com a banalidade de uma vida normal,
mas eu não vou jogar se não tiver como ganhar.
E eu não sei muito,
mas sei disto:
dum coração de ouro
seguirá um punho rebelde.
O soneto que diz que, quando o poço secar,
ninguém vai saciar sua sede
Quando o poço secar,
ninguém vai saciar sua sede.
Quando o poço secar,
ninguém vai saciar a sede.
Quando o poço secar,
ninguém vai saciar sua sede.
Quando o poço secar,
ninguém vai saciar a sede,
Ninguém vai saciar sua sede
quando o poço secar.
Ninguém vai saciar sua se
quando o poço secar.
Ninguém vai saciar sua sede
quando o poço secar.
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Página publicada em junho de 2024
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